quinta-feira, 21 de julho de 2011

Incontestável, nítido, como um olhar


O olhar ainda é o mesmo, e não se pode negar. Já andamos lado a lado, mas também muito distantes, embora a distância não fosse tão real, apenas barreiras emocionais.
São situações adversas, incomuns. Mas a sensação é nítida, precisa: o calafrio e o coração acelerado mostram tudo. Mostram o que há algum tempo se tenta negar: existe afeto, carinho, saudade.
Boas risadas, abraços e beijos, ponto. Era isso? Era! O ser humano gosta de se resumir. Simplificar. Minimizar. Por um simples e bobo motivo: medo.
Somos assim. Seres errantes, medrosos e despreparados.
Nas amizades, nos amores, no trabalho. Aquele quebra-cabeça ainda não se encaixou, e não vai tão cedo. Seja ele de 15 ou de 5.000 peças. Sempre uma peça está fora do lugar.
Mas o que é nosso de fato transparece no olhar, ou em algum momento naquele: “gosto de ti”.
O jeito de manter a transparência, é a sinceridade, par. Como um rio para o mar.